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Um novo tempo surge no agronegócio brasílio, e ele tem o rosto e a força das mulheres. Longe de serem coadjuvantes, elas já representam 31% dos profissionais do setor – um protagonismo que não para de crescer e que redefine a paisagem do campo. Essa efervescência feminina foi o tema medial do Congresso Vernáculo das Mulheres do Agronegócio, evento realizado em São Paulo, que contou com a presença do Sebrae, reforçando o papel decisivo dessas lideranças na transformação do setor.
A diretora de Governo e Finanças do Sebrae Vernáculo, Margarete Coelho, foi uma das palestrantes e discorreu sobre ‘Redes que movem resultados: liderança feminina e empreendedorismo’, destacando o momento em que as mulheres assumem o protagonismo e mudam a rostro do agronegócio. “É um fôlego enorme acompanharmos esse movimento. O Sebrae fica muito feliz em ser parceiro deste evento. Com a ingresso das mulheres, o agro brasílio está se transformando e isso é palpável, percebe-se mais preocupação com ESG (conjunto de práticas ambientais, sociais e de governança que orientam empresas a atuar de forma sustentável, moral e responsável, equilibrando lucro com impacto positivo no planeta e na sociedade) e com investimento em pesquisa”, afirmou.
Margarete ressaltou ainda a valimento da cultura familiar, que movimenta uma ampla enxovia de negócios e é precípuo para a economia. “Muitas vezes pensamos que o agro é unicamente o grande investimento, mas o pequeno também é agro, pela missão que cumpre. O Sebrae se preocupa em qualificar esses empreendedores, facilitar o entrada à tecnologia e à informação e tornar os negócios das mulheres do campo mais competitivos.”
Fampe 100
Entre os desafios, está o entrada a crédito, mormente para mulheres que não possuem bens para oferecer uma vez que garantia. Margarete destacou o papel do Sebrae uma vez que avalista, por meio do programa Fampe 100 (Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas), que garante 100% de cobertura para operações de crédito voltadas ao público feminino. “Essa é uma forma de contribuir para que mais mulheres possam investir em seus negócios e crescer com autonomia”, explicou.
A diretora também enfatizou a força da sucessão feminina nas cooperativas e nos sindicatos, impulsionada pela qualificação e pela domínio técnica que as mulheres vêm conquistando. “Cuidar da mansão e da família é uma trouxa dobrada, mas as mulheres enfrentam esse duelo com preceito. Servir e cuidar são verbos muito presentes no universo feminino — e na missão do Sebrae”, observou.
Para Margarete, o momento é de viradela de chave: “Queremos mudar a fechadura, os significados e as categorias — o agro também é nosso”. Ela defendeu a valimento de fabricar redes de esteio e colaboração entre mulheres, estimulando práticas uma vez que comprar de empreendedoras, contratar mulheres e terebrar espaço na enxovia de sucessão para novas lideranças femininas. “Contribuir para que outras lideranças se qualifiquem é isso que nos move.”
Encerrando sua fala, Margarete usou metáforas do próprio campo para ilustrar a força feminina: “Assim uma vez que a rendeira escolhe os fios mais fortes para a base da sua trama, as mulheres do agro tecem redes sólidas que sustentam o porvir. A carnaúba, vegetal símbolo do meu Estado (Piauí), se aproveita por completo — tudo nela tem utilidade, tudo pode ser transformado. O mesmo ocorre no agro: é da terreno que vêm as ideias simples que viram grandes negócios”.
O Sebrae, concluiu, segue comprometido em estribar e fortalecer os pequenos negócios do campo, promovendo sustentabilidade, inovação e governança. “Os pequenos estão na base da enxovia dos grandes. Nosso papel é servir, estribar e estar ao lado de vocês. O Sebrae está cá para isso”, finalizou.
Em 2025, o Congresso Vernáculo das Mulheres do Agronegócio (CNMA) celebra uma dez de trajetória, reunindo lideranças políticas, empresariais e referências do setor agropecuário para discutir os caminhos possíveis diante dos desafios globais.
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